


Amanhã comemora-se o Dia Mundial da Terceira Idade.
O dia 28 de Outubro foi proclamado pelas Nações Unidas como Dia Mundial da Terceira Idade para alertar as pessoas, de uma forma geral, da situação financeira, social e afetiva que se vive nesta faixa etária.
A velhice constitui um problema social nas sociedades modernas, devido a fatores como a evolução da medicina que, em consequência, promoveu o aumento da esperança média de vida e a mudança da condição social da mulher (entrada para o mercado de trabalho). A mulher é considerada a potencial cuidadora (por natureza) e ao estar parte do seu dia ocupada com a sua função profissional, deixou de ter tanta disponibilidade e condições para assegurar o cuidado devido ao idoso.
As pessoas nesta fase da sua vida encontram-se debilitadas e fisicamente limitadas, pelo que necessitam de atenção e cuidado extremo. Infelizmente, há muitas famílias que simplesmente não querem tomar conta dos seus progenitores ou que não reúnem condições para o fazer. Muitas são as situações que nos vão chegando de maus-tratos a idosos, quer em contexto familiar, quer institucional, e que nada correspondem ao que é socialmente esperado. Claudine Attias-Donfut utiliza o termo laço de reciprocidade para definir o que é esperado: que as ajudas prestadas pelos familiares liquidem a dívida resultante de uma dádiva recebida anteriormente. De facto, é uma ideia que faz sentido, mas que na sua maioria não é cumprida e muitos são os idosos que vivem desamparados, sem qualquer apoio dos seus familiares. Esquece-se que ao ignorá-los está a impedir-se a cooperação e a partilha de saberes entre as diferentes gerações.
Vivemos numa sociedade que valoriza cada vez mais o “eu” e se esquece que o “nós” está na base de uma sociedade íntegra, justa e solidária. Também não nos podemos esquecer que um dia seremos nós a envergar o título de “velho” do qual nos devíamos orgulhar pelo que vivemos, construímos e contribuímos e, no entanto, com alguma probabilidade estaremos a sentir-nos como muitos idosos se sentem hoje, abandonados e maltratados.
Deixo, assim para reflexão:
“Conta-se que, há muitos anos, numa terra longínqua, sempre que alguém atingia uma idade avançada, o seu filho entregava-lhe um cobertor e abandonava-o num monte, onde ficava a aguardar a morte. Certo dia, um idoso, ao chegar a sua vez de ser deixado no referido monte, devolveu o cobertor ao filho, dizendo-lhe: "fica com ele, assim já terás dois cobertores para te aqueceres quando também chegar a tua vez de para aqui vires". Só então o filho se apercebeu de quão terrível era aquele costume e trouxe o pai de volta ao seio familiar”.
Elsa Fonseca (Formadora CP)
Recentemente, dia 7 de Outubro, Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram distinguidas com este prémio pela sua “luta pacífica para a segurança das mulheres e dos seus direitos em participar nos processos de paz".
Ellen Johnson Sirleaf, 72 anos, actualmente presidente da Libéria, é a primeira mulher a ser democraticamente eleita presidente de um país africano. É apelidada de “dama de ferro” pelo seu trabalho na luta contra a corrupção no seu país.
Leymah Gbowee, também da Libéria, chamada de “guerreira da paz”, é assistente social e chamou as mulheres a orar pela paz, sem distinção de religião ou etnia, frequentemente vestidas de branco. Este movimento cresceu e terminou numa greve de sexo, que levou a que as mulheres fossem chamadas às negociações para a paz e para o fim da guerra civil do seu país.
Tawakkul Karman é jornalista e activista pelos direitos humanos do Iémen e lidera protestos pacíficos contra o regime que o seu país atravessa. Na defesa da liberdade de expressão, criou o grupo “Women journalists without chains,”, que encabeça muitos dos movimentos anti-regime.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) foi fundada a 16 de Outubro de 1945, razão pela qual amanhã se comemora o Dia Mundial da Alimentação.
Entre os objetivos desse dia, está o incentivo a uma maior atenção à produção agrícola em todos os países, estimular a cooperação económica e técnica entre países em desenvolvimento, além de promover o sentimento de solidariedade nacional e internacional na luta contra a fome, a desnutrição e a pobreza
Durante o Dia Mundial da Alimentação, celebrado pela primeira vez em 1981, ressalta-se cada ano um tema em que se focalizam todas as atividades. O tema deste ano é "Preço dos alimentos – da crise à estabilidade ".Variações nos preços dos alimentos, em especial a alta de preços, representam uma séria ameaça para a segurança alimentar e nutricional dos países em desenvolvimento. As populações carentes são as mais seriamente atingidas. De acordo com o Banco Mundial, entre 2010 e 2011, o aumento do preço dos alimentos deixou quase 70 milhões de pessoas na pobreza extrema em todo o mundo.
Infelizmente, nos dias de hoje já não existem horas para refeições, e a fast-food é o caminho mais fácil. Nem sempre os cuidados com a alimentação são os mais adequados. Neste sentido, e assinalando este dia, um grupo de nutricionistas sugere alguns conselhos alimentares, aliados, invariavelmente à prática de exercício físico:
1. Reduzir a quantidade de gorduras na dieta evitando fritos, molhos à base de óleo como a maionese, e utilizar com maior frequência modos de confecção que requerem menos óleo: a vapor, no forno, grelhados e cozidos.
2. Reduzir o consumo de gorduras menos cardio-saudáveis (saturadas) que se encontram em alimentos de origem animal: carne, enchidos, ovos, lacticínios e derivados. Neste sentido é preferível utilizar as carnes magras (peru/frango), leite e iogurtes desnatados, queijos frescos em vez de queijos curados, substituir a manteiga por azeite. Não esquecer de retirar a pele e a gordura visível na carne.
3. Aumentar o uso de gorduras mais cardio-saudáveis (insaturadas): peixe rico em ómega 3, frutos secos (sem sal, sendo os torrados uma melhor opção que os fritos), azeite, etc.
4. Ingerir frutas e verduras, pelo menos 5 vezes ao dia. São ricos em vitaminas e minerais com alto poder antioxidante que protegem o coração. Utilizar preferencialmente alimentos frescos ou congelados.
5. Aumentar o consumo de legumes e ingeri-los 2 a 3 vezes por semana. Os legumes são alimentos muito ricos em fibra, proteínas, com poder saciante, etc. Podem ser consumidos em saladas ou em guisados com verduras.
6. Reduzir o consumo de sal substituindo-o por outros alimentos como o alho, o limão e especiarias variadas. É igualmente recomendável evitar alimentos que sejam ricos em sal como os snacks salgados, conservas, cubos de caldo concentrado, pratos preparados, fumados, alimentos conservados em sal, enchidos, etc.
7. Reduzir o consumo de álcool. Quando em excesso provoca danos no coração, na tensão arterial e favorece o aumento de peso (são calorias que não possuem valor nutricional de interesse).
8. Beber pelo menos 1,5 litros de água por dia.
9. Controlar o peso corporal. O excesso de peso e a obesidade favorecem o desenvolvimento de doenças como a diabetes, a hipertensão e com eles aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
Enquanto educadores/formadores encontramo-nos numa posição especial para incutir nos jovens e adultos o senso de cuidado e responsabilidade na manuteção de uma alimentação saudável, variada e equilibrada.
Margarida Borralho, Formadora de Sociedade, Tecnologia e Ciência
O decorrer deste ano assinala os 25 anos da adesão de Portugal, a par da vizinha Espanha, à União Europeia.
De uma forma muito breve, a União Europeia é uma organização internacional que coordena as diferentes políticas entre os seus estados-membros. A ideia de criar uma união permanente entre os países da Europa decorreu da perda de hegemonia da própria Europa e da necessidade de se reestruturar a nível político e económico.
O percurso da União Europeia foi longo até a conhecermos como conhecemos hoje. Muitos foram os tratados e as instituições formadas, a adesão dos países foi sendo contínua (1951: Bélgica, Alemanha, França, Itália, Luxemburgo e Holanda; 1972: Reino Unido, Irlanda e Dinamarca; 1981: Grécia; 1986: Portugal e Espanha; 1995: Áustria, Suécia e Finlândia; 2004: Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e República Checa; 2007: Roménia e Bulgária.
Onde estaria Portugal se não tivesse aderido a Portugal? Nas palavras do investigador António Costa Pinto "estaria com certeza pior".
A adesão de Portugal à União Europeia foi um bom meio para fomentar a modernização do país, embora insuficiente para solucionar os problemas estruturais da economia portuguesa. Em adição a isto, o país progrediu muito no que respeita ao desenvolvimento, bem estar económico, sistemas de ensino, participação na investigação científica e ensino superior.
Apesar de estarmos atualmente a sentir as graves consequências da interdependência económica, não podemos olhar para a adesão à UE como um benefício meramente económico. De uma forma geral, a adesão à UE é francamente positiva: muitos são os portugueses que estudam através de programas Europeus fora e recebemos pessoas de outros países, as vias de comunicação terrestre e os transportes fomentaram o comércio e o turismo, o Acordo de Schengen terminou com muitos dos controlos nas fronteiras e facilita a vida a quem viaja ou emigra; a moeda única permite que entremos no Mosteiro da Batalha tão facilmente como no Museu do Louvre.
Nós mudámos enquanto país, mas os nossos companheiros Europeus também mudaram por nossa causa.
A 9 de Maio, comemora-se o Dia da Europa.