sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sessões de Júri de Certificação de nível básico

Nos dias 27 e 28 de Outubro, a equipa de nível básico realizoualgumas sessões de júri.

Sessão de Júri de Certificação - 27 de Outubro


Sessões de Júri de Certificação - 28 de Outubro


Desejamos as maiores felicidades e muito sucesso para o futuro.


A equipa de nível básico:
Marília Matias, profissional de RVC
Dulce Maurício, formadora de MV e TIC
Rute Ribeiro, formadora de LC e CE

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dia Mundial da Terceira Idade


Amanhã comemora-se o Dia Mundial da Terceira Idade.

O dia 28 de Outubro foi proclamado pelas Nações Unidas como Dia Mundial da Terceira Idade para alertar as pessoas, de uma forma geral, da situação financeira, social e afetiva que se vive nesta faixa etária.

A velhice constitui um problema social nas sociedades modernas, devido a fatores como a evolução da medicina que, em consequência, promoveu o aumento da esperança média de vida e a mudança da condição social da mulher (entrada para o mercado de trabalho). A mulher é considerada a potencial cuidadora (por natureza) e ao estar parte do seu dia ocupada com a sua função profissional, deixou de ter tanta disponibilidade e condições para assegurar o cuidado devido ao idoso.

As pessoas nesta fase da sua vida encontram-se debilitadas e fisicamente limitadas, pelo que necessitam de atenção e cuidado extremo. Infelizmente, há muitas famílias que simplesmente não querem tomar conta dos seus progenitores ou que não reúnem condições para o fazer. Muitas são as situações que nos vão chegando de maus-tratos a idosos, quer em contexto familiar, quer institucional, e que nada correspondem ao que é socialmente esperado. Claudine Attias-Donfut utiliza o termo laço de reciprocidade para definir o que é esperado: que as ajudas prestadas pelos familiares liquidem a dívida resultante de uma dádiva recebida anteriormente. De facto, é uma ideia que faz sentido, mas que na sua maioria não é cumprida e muitos são os idosos que vivem desamparados, sem qualquer apoio dos seus familiares. Esquece-se que ao ignorá-los está a impedir-se a cooperação e a partilha de saberes entre as diferentes gerações.

Vivemos numa sociedade que valoriza cada vez mais o “eu” e se esquece que o “nós” está na base de uma sociedade íntegra, justa e solidária. Também não nos podemos esquecer que um dia seremos nós a envergar o título de “velho” do qual nos devíamos orgulhar pelo que vivemos, construímos e contribuímos e, no entanto, com alguma probabilidade estaremos a sentir-nos como muitos idosos se sentem hoje, abandonados e maltratados.

Deixo, assim para reflexão:

“Conta-se que, há muitos anos, numa terra longínqua, sempre que alguém atingia uma idade avançada, o seu filho entregava-lhe um cobertor e abandonava-o num monte, onde ficava a aguardar a morte. Certo dia, um idoso, ao chegar a sua vez de ser deixado no referido monte, devolveu o cobertor ao filho, dizendo-lhe: "fica com ele, assim já terás dois cobertores para te aqueceres quando também chegar a tua vez de para aqui vires". Só então o filho se apercebeu de quão terrível era aquele costume e trouxe o pai de volta ao seio familiar”.

Elsa Fonseca (Formadora CP)


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Projeto “INCLUSIVE – Involving New Communities of Learners Using Socially Inclusive Virtual Environments”

No âmbito do projeto “INCLUSIVE – Involving New Communities of Learners Using Socially Inclusive Virtual Environments”, aprovado no subprograma Grundtvig do Programa Aprendizagem ao Longo da Vida, decorreu na segunda semana de Outubro a primeira reunião.

Este projeto tem oito parceiros, contando com a INSIGNARE:

• ALADIN - Atbalsts un Resursi Mūžiglītībai (Apoio e Recursos para a Aprendizagem), uma Organização Não Governamental, na Letónia. É uma associação para a promoção, partilha e intercâmbio de recursos de aprendizagem, servindo de apoio para as redes de formadores que a procuram, nomeadamente recursos on-line e baseados em TIC;

• Kauno suaugusiųjų mokymo centras (Centro de Educação de Adultos de Kaunas), uma entidade pública local que fornece aprendizagem formal e informal a adultos, na Lituânia;

• Volkshochschulverband Baden-Württemberg, uma associação regional de 175 centros de educação de adultos na região de Baden-Württemberg, cuja capital é Estugarda, na Alemanha;

• Cartrefi Cymru Cyf é uma Organização Não Governamental Galesa, no Reino Unido, que desenvolve vários projetos formativos de apoio ao desenvolvimento da literacia, numeracia, TIC e competências pessoais nos trabalhadores da Economia Social no norte e centro de Gales;

• Iskolaegészségügyi Szakmai Műhely Közhasznú Alapítvány (Fundação Não Lucrativa para o Ensino da Saúde), uma fundação que desenvolve projetos educativos nas áreas específicas da Saúde e das TIC para os trabalhadores no setor da Saúde, localizada na Hungria

• Centrum Kształcenia Ustawicznego i Praktycznego (Centro para a Educação Contínua e Prática), uma associação regional pública Polaca de centros de educação de adultos;

• Vyšší Odborná Skola Publicistiky (Escola Superior de Jornalismo e Média), localizada na República Checa.

Organizada pelo parceiro Lituano, o Centro de Educação de Adultos de Kaunas, foi nesta cidade que os trabalhos decorreram.

Foram reuniões principalmente relacionadas com a parte organizativa e conceptual da parceria, visto ser a primeira reunião conjunta de todos os parceiros após a aprovação do projeto. De recordar que este é fruto da participação da INSIGNARE no Seminário de Contacto GRUNDTVIG, em novembro de 2010, no Reino Unido, onde os membros se conheceram e estabeleceram as bases da parceria.

Consequentemente, marcaram-se as datas definitivas para as restantes mobilidades, com exceção das que se realizarão em 2013, sofrendo o cronograma original algumas alterações, impostas por condicionalismos internos de alguns parceiros.

Porquanto o que mais demorou a debater tenha sido o tipo de rede social que iríamos utilizar ao longo da parceria, em virtude das vantagens e desvantagens que cada uma apresenta, os produtos a criar também foram objeto de abordagem intensiva. Ainda assim, destaca-se o facto de todas as decisões terem sido tomadas por unanimidade, o que num projeto com oito parceiros provenientes de realidades diferentes é sempre de realçar. Para culminar, detalhou-se o plano de trabalho a realizar até à próxima deslocação, à Letónia.

Todos estes resultados foram depois apresentados e discutidos na reunião da equipa deste projeto, composta pela Sónia Pereira, Coordenadora Operacional, Ana Marto, José Carlos Alves, Ricardo Lopes e Sérgio Fernandes.

Sérgio Fernandes
Coordenador do Projeto

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Prémio Nobel da Paz


Hoje, 14 de Outubro, comemoram-se 47 anos da atribuição do prémio Nobel da Paz a Martin Luther King, em reconhecimento do seu trabalho de liderança na resistência não violenta pelo fim do preconceito e discriminação racial nos Estados Unidos da América.

Recentemente, dia 7 de Outubro, Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram distinguidas com este prémio pela sua “luta pacífica para a segurança das mulheres e dos seus direitos em participar nos processos de paz".

Ellen Johnson Sirleaf, 72 anos, actualmente presidente da Libéria, é a primeira mulher a ser democraticamente eleita presidente de um país africano. É apelidada de “dama de ferro” pelo seu trabalho na luta contra a corrupção no seu país.

Leymah Gbowee, também da Libéria, chamada de “guerreira da paz”, é assistente social e chamou as mulheres a orar pela paz, sem distinção de religião ou etnia, frequentemente vestidas de branco. Este movimento cresceu e terminou numa greve de sexo, que levou a que as mulheres fossem chamadas às negociações para a paz e para o fim da guerra civil do seu país.

Tawakkul Karman é jornalista e activista pelos direitos humanos do Iémen e lidera protestos pacíficos contra o regime que o seu país atravessa. Na defesa da liberdade de expressão, criou o grupo “Women journalists without chains,”, que encabeça muitos dos movimentos anti-regime.

Tal como Martin Luther King, também as corajosas premiadas “têm um sonho”: melhorar o mundo em que vivemos.

Marília Matias, profissional de RVC.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011


A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) foi fundada a 16 de Outubro de 1945, razão pela qual amanhã se comemora o Dia Mundial da Alimentação.

Entre os objetivos desse dia, está o incentivo a uma maior atenção à produção agrícola em todos os países, estimular a cooperação económica e técnica entre países em desenvolvimento, além de promover o sentimento de solidariedade nacional e internacional na luta contra a fome, a desnutrição e a pobreza

Durante o Dia Mundial da Alimentação, celebrado pela primeira vez em 1981, ressalta-se cada ano um tema em que se focalizam todas as atividades. O tema deste ano é "Preço dos alimentos – da crise à estabilidade ".Variações nos preços dos alimentos, em especial a alta de preços, representam uma séria ameaça para a segurança alimentar e nutricional dos países em desenvolvimento. As populações carentes são as mais seriamente atingidas. De acordo com o Banco Mundial, entre 2010 e 2011, o aumento do preço dos alimentos deixou quase 70 milhões de pessoas na pobreza extrema em todo o mundo.

Infelizmente, nos dias de hoje já não existem horas para refeições, e a fast-food é o caminho mais fácil. Nem sempre os cuidados com a alimentação são os mais adequados. Neste sentido, e assinalando este dia, um grupo de nutricionistas sugere alguns conselhos alimentares, aliados, invariavelmente à prática de exercício físico:

1. Reduzir a quantidade de gorduras na dieta evitando fritos, molhos à base de óleo como a maionese, e utilizar com maior frequência modos de confecção que requerem menos óleo: a vapor, no forno, grelhados e cozidos.

2. Reduzir o consumo de gorduras menos cardio-saudáveis (saturadas) que se encontram em alimentos de origem animal: carne, enchidos, ovos, lacticínios e derivados. Neste sentido é preferível utilizar as carnes magras (peru/frango), leite e iogurtes desnatados, queijos frescos em vez de queijos curados, substituir a manteiga por azeite. Não esquecer de retirar a pele e a gordura visível na carne.

3. Aumentar o uso de gorduras mais cardio-saudáveis (insaturadas): peixe rico em ómega 3, frutos secos (sem sal, sendo os torrados uma melhor opção que os fritos), azeite, etc.

4. Ingerir frutas e verduras, pelo menos 5 vezes ao dia. São ricos em vitaminas e minerais com alto poder antioxidante que protegem o coração. Utilizar preferencialmente alimentos frescos ou congelados.

5. Aumentar o consumo de legumes e ingeri-los 2 a 3 vezes por semana. Os legumes são alimentos muito ricos em fibra, proteínas, com poder saciante, etc. Podem ser consumidos em saladas ou em guisados com verduras.

6. Reduzir o consumo de sal substituindo-o por outros alimentos como o alho, o limão e especiarias variadas. É igualmente recomendável evitar alimentos que sejam ricos em sal como os snacks salgados, conservas, cubos de caldo concentrado, pratos preparados, fumados, alimentos conservados em sal, enchidos, etc.

7. Reduzir o consumo de álcool. Quando em excesso provoca danos no coração, na tensão arterial e favorece o aumento de peso (são calorias que não possuem valor nutricional de interesse).

8. Beber pelo menos 1,5 litros de água por dia.

9. Controlar o peso corporal. O excesso de peso e a obesidade favorecem o desenvolvimento de doenças como a diabetes, a hipertensão e com eles aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

Enquanto educadores/formadores encontramo-nos numa posição especial para incutir nos jovens e adultos o senso de cuidado e responsabilidade na manuteção de uma alimentação saudável, variada e equilibrada.

Margarida Borralho, Formadora de Sociedade, Tecnologia e Ciência

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Eurobonds e a solidariedade europeia aos países em crise

Sabemos as dificuldades recentes que Portugal enfrentou e enfrenta, tendo o seu ponto alto na aprovação do mega empréstimo internacional ao nosso país. Esse empréstimo teve como garantia, além do compromisso do Estado Europeu no seu reembolso, a assunção de várias responsabilidades, vertidas no Memorando de Entendimento com a designada Troika (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional, as duas últimas as entidades que emprestaram o dinheiro que desesperadamente precisávamos) - daí resultaram os cortes sociais, as privatizações, os aumentos de impostos, etc..(versão detalhada em http://aeiou.expresso.pt/leia-o-memorando-da-itroikai-finalmente-lancado-em-portugues=f650474)

Sabemos também que a Grécia está numa situação pior do que a nossa, a Irlanda um pouco melhor - estes dois mais Portugal já beneficiaram dos empréstimos. Na calha parecem estar, pelo menos, a Espanha e a Itália, com a Bélgica numa segunda linha. Como não há dinheiro para todos, começou a falar-se nas Eurobonds como a solução.

Ora, o que são as Eurobonds? A melhor definição, simples e clara, encontrei-a em http://www.ptjornal.com/201109012571/dicionario-do-povo/o-que-sao-os-eurobonds.html

Assim, «os eurobonds são títulos de dívida pública europeus, feitos de forma centralizada, vistos como possível solução para as crises de dívida dos países mais vulneráveis e em maiores dificuldades.Em vez de haver dívida pública da Alemanha, de Espanha, da Grécia, ou de Portugal, haveria uma única dívida, comum a todos os países da Zona Euro. A criação de eurobonds privilegia os países com maiores crises de dívida, ou países em graves dificuldades financeiras, porque permite melhores taxas de juro nas emissões de obrigações do tesouro para os países com mais dificuldades. As economias mais fortes, com rating elevado (como o caso da Alemanha), ajudariam países como Portugal ou a Grécia, com rating baixo, a suportar a crise, uniformizando as taxas de juro nessa emissão de obrigações.»

Não parecendo haver dúvida sobre a valia desta solução, porque será que países como a Alemanha, a Finlândia e a Holanda estão renitentes? Concordam, até pelos seus próprios interesses - os seus bancos privados e centrais têm muita dívida pública dos países em risco, e todos eles exportam para estes, não lhes sendo úteis a sua (deles) falências, pois deixariam de poder comprar-lhes os seus produtos - mas ainda não deram o passo em frente. Correndo o risco de ser pouco patriota, compreendo-os, pois
confesso que tenho sentimentos ambivalentes relativamente a este assunto: se por um lado concordo que parece ser a única solução, exigida pelos mercados para salvar o euro (essencial à sobrevivência da Europa e consequentemente da nossa), por outro parece que estamos a nacionalizar (ou "eurolizar"), assumindo todos as asneiras de alguns (nomeadamente as nossas).

Isto é, sei que as economia são diferentes, as moedas pré-euro eram diferentes, as dinâmicas socioeconómicas são diferentes. Porém, ainda não consegui ver como se vai operacionalizar, ou seja, que garantias serão dadas aos investidores indiretos (os governos à partida aceitarão a mera garantia do Estado "em queda" que pagará, os bancos e as agência de rating duvido) e como se evitará que governos mais populistas cometam erros, pois saberão que por trás estará sempre a "mão europeia". Consequentemente, a única forma que vejo de garantia é assumir, formal e expressamente, a perda de soberania económica - o orçamento e a sua execução serem acompanhados, com poderes vinculativos, pela Comissão Europeia ou o Banco Central Europeu. Estaremos dispostos a isto? Gostaria de ver este aspeto discutido na sociedade e, porque não, submetido a referendo.

Concordando em absoluto quando é referida a necessidade de pensar europeu em detrimento de sentimentos nacionais ("Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo", como dizia Sócrates há 25 séculos), o pensar europeu implica assumir responsabilidades perante os outros, quando estes demonstram solidariedade connosco. Só se deve ser solidário quando quem recebe esse apoio demonstra vontade de o aplicar eficientemente e, sobretudo, evitar a necessidade futura de nova solidariedade ("não lhe dês o peixe, ensina-o a pescar" - provérbio chinês).

Para tal, e como também concordo com a necessidade de garantir o bem estar atual e futuro dos europeus, é-me impossível descortinar como iremos lançar os alicerces das eurobonds sem aprofundar a integração europeia até chegarmos ao federalismo económico e financeiro - leia-se, os orçamentos nacionais serem validados e acompanhados vinculativamente por uma entidade supranacional. Como desde sempre defendi que as perdas de soberania devem ser aprovadas por um dos pilares do Estado-Nação, o Povo (devíamos ter referendado a entrada na então CEE; devíamos ter referendado Maastricht; devíamos ter referendado Lisboa), é-me lógico a necessidade de referendar. A impossibilidade constitucional de referendar tratados internacionais é uma falácia - retira-se da Constituição e já está, como fazem vários Estados Europeus bem mais desenvolvidos do que nós - Irlanda, por exemplo.

Outro argumento utilizado para não referendar é dizer que não referendámos a entrada e os tratados subsequentes é ainda mais ilógico - cometemos um erro, repetimo-lo e continuaremos a repeti-lo porque o procedimento habitual foi esse.

O terceiro é ainda mais elitista, que é referir que é uma temática demasiado técnica para ser deixada nas mãos de quem não está habilitado suficientemente para decidir. Não vou fazer aos nossos deputados o que dos seus congéneres americanos disse Mark Twain ""Leitor, suponha que você seja um idiota. Aliás, suponha que você seja um membro do Congresso. Bolas, estou a repetir-me". Mas assumo que considero que uma parte substancial da nossa Assembleia da República não dominará tecnicamente esta temática, o que não os impedirá de levantar-se aquando da sua indicação de voto. Logo, se estes não sabem e votam, porque não poderá o Povo votar, sendo para tal previa e intensamente informado, para decidir em consciência?

Sérgio Fernandes

Adulta do CNO da INSIGNARE inicia negócio próprio

Manuela Cordeira iniciou o processo RVCC no Centro Novas Oportunidades da INSIGNARE apenas para concluir o 9.º ano de escolaridade mas percebeu a importância da aprendizagem ao longo da vida e “quis saber mais”. Após concluir o 9.º ano, quis fazer o 12.º ano e como forma de complementar conhecimentos fez várias formações. Aprendeu a transformar sonhos em objetivos e ganhou o incentivo e auto-estima necessária para abrir um negócio próprio. Em época de grave crise económica , Manuela é um caso de sucesso e um exemplo a seguir, fruto de um processo de Reconhecimento e Validação de Competências que tanto tem sido criticado.

Porque decidiu inscrever-se no Centro Novas Oportunidades?

Quando me inscrevi no Centro Novas Oportunidades foi com o objetivo de obter novas habilitações.
Mas assim que comecei apercebi-me que nada nesta vida é por acaso, tudo tem uma razão de ser. Eu é que não tinha entendido que no meu subconsciente estava lá “ O querer saber mais”. Não era simplesmente um certificado de habilitações que eu queria, mas sim o querer saber e ir mais além.
E quando se entende algo é porque chegou a altura de crescer e aprender, o que quer dizer que estava no sítio certo.

Como foi o seu percurso aqui no CNO?
O meu percurso aqui no CNO foi um abrir da mente para algo que julgava adormecido: os estudos.
Foi sem dúvida nenhuma uma experiência vivida muito intensamente. Conforme se ia desenrolando o processo mais eu me entusiasmava. Foi sempre excedendo as minhas expetativas pois quando entrei no CNO tinha só em mente fazer o 9º ano, mas com o decorrer vieram mais quatro formações e o 12º ano e foram experiências vividas bastante interessantes e acima de tudo com um grande enriquecimento a nível pessoal e profissional.
Não é fácil abdicar do conforto do lar, das horas que não se dá atenção à família, mas no fim podemos dizer VALEU A PENA, de tal forma que estou a equacionar seriamente seguir os estudos a nível superior.

Abrir uma empresa própria era um sonho antigo ou foi ganhando forma ao longo do projecto de futuro que teve que apresentar no final do processo?
A MC Fardas, empresa vocacionada para fardas de trabalho inovadoras, era já um sonho antigo mas que estava adormecido há algum tempo.
Ao longo do projecto de futuro houve um despertar para a realidade e foi aí que começou a tomar forma. O que era um sonho passou a ser um objectivo e foi isso que aprendi ao longo do percurso no CNO. Se não tivermos objectivos os sonhos não passam disso mesmo, de sonhos.

De que forma o trabalho efectuado ao longo do processo a foi preparando para este passo?
O objetivo do processo RVCC é o de identificar e reconhecer as competências adquiridas ao longo da vida. Todo este trabalho feito ao longo do processo preparou-me para este passo, porque como o objectivo no processo é de passar para o papel as nossas experiências e competências vividas sejam elas boas ou más, depois o que temos a fazer é tirar o que de melhor elas têm para nos dar e pô-las em prática, foi o que aconteceu.
É que embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim, basta acreditar em si, ter objectivos e motivação. A auto-estima e a auto -confiança também é um dos trabalhos que aprendemos ao longo do processo e foi toda esta preparação que tive ao longo deste processo para poder dar este passo e realizar o meu sonho.
Estou muito orgulhosa do que consegui no meu percurso no Centro Novas Oportunidades da INSIGNARE. A toda a equipa MUITO OBRIGADO.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Há 25 Anos como Europeus


O decorrer deste ano assinala os 25 anos da adesão de Portugal, a par da vizinha Espanha, à União Europeia.

De uma forma muito breve, a União Europeia é uma organização internacional que coordena as diferentes políticas entre os seus estados-membros. A ideia de criar uma união permanente entre os países da Europa decorreu da perda de hegemonia da própria Europa e da necessidade de se reestruturar a nível político e económico.

O percurso da União Europeia foi longo até a conhecermos como conhecemos hoje. Muitos foram os tratados e as instituições formadas, a adesão dos países foi sendo contínua (1951: Bélgica, Alemanha, França, Itália, Luxemburgo e Holanda; 1972: Reino Unido, Irlanda e Dinamarca; 1981: Grécia; 1986: Portugal e Espanha; 1995: Áustria, Suécia e Finlândia; 2004: Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e República Checa; 2007: Roménia e Bulgária.

Onde estaria Portugal se não tivesse aderido a Portugal? Nas palavras do investigador António Costa Pinto "estaria com certeza pior".

A adesão de Portugal à União Europeia foi um bom meio para fomentar a modernização do país, embora insuficiente para solucionar os problemas estruturais da economia portuguesa. Em adição a isto, o país progrediu muito no que respeita ao desenvolvimento, bem estar económico, sistemas de ensino, participação na investigação científica e ensino superior.

Apesar de estarmos atualmente a sentir as graves consequências da interdependência económica, não podemos olhar para a adesão à UE como um benefício meramente económico. De uma forma geral, a adesão à UE é francamente positiva: muitos são os portugueses que estudam através de programas Europeus fora e recebemos pessoas de outros países, as vias de comunicação terrestre e os transportes fomentaram o comércio e o turismo, o Acordo de Schengen terminou com muitos dos controlos nas fronteiras e facilita a vida a quem viaja ou emigra; a moeda única permite que entremos no Mosteiro da Batalha tão facilmente como no Museu do Louvre.

Nós mudámos enquanto país, mas os nossos companheiros Europeus também mudaram por nossa causa.

A 9 de Maio, comemora-se o Dia da Europa.


Elsa Fonseca (Formadora CP)