terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cerimónia de Entrega de Certificados

Foi no dia 7 de Dezembro que se realizou a Cerimónia de Entrega de Certificados aos adultos de Nível Básico e Secundário que terminaram o processo de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências.

Esta, teve lugar no Cine Teatro em Ourém e contou com os discursos de dois casais, que concluíram o processo e nos brindaram com as suas intervenções relativas à importância deste processo nas suas vidas.

Passamos a transcrever o discurso de cada um:


"Boa Noite a todos os presentes, para mim estar aqui representa ter conseguido fazer o que não acabei, por ter deixado os estudos por iniciativa própria, o que foi um erro enorme sem ter planeado o meu futuro, mas ficou a vontade de aprender. Após muitos anos tomei conhecimento do programa novas oportunidades, nome que me despertou muita curiosidade, em dois anos concretizei o 9ºano e também o 12ºano. Para mim receber este certificado significa que o percurso que já percorri na minha vida tem muita coisa positiva e permitiu-me reviver o meu passado e aproveitar as coisas boas. Existem muitas pessoas que criticam a forma como se desenvolve o processo RVCC, dizendo que pouco se aprende e que não serve para nada, o que lhes digo é que não sabem o seu valor próprio e que não têm vontade de aprender coisas novas, informática, língua estrangeira, cidadania, o valor da reciclagem, novas tecnologias e muito mais... Este certificado em conjunto com a minha experiência de vida é sempre uma mais valia. Quanto mais aprender, mais vontade tenho de ensinar, dar conselhos e incentivar outras pessoas a dar mais atenção ao nome Novas Oportunidades."

Aurélio Frazão


"É com muito orgulho que hoje viro mais uma página do meu percurso de vida. Este processo das "Novas Oportunidades" veio dar-me a possibilidade de realizar o que à muito tinha ficado para trás. Com este processo tive a possibilidade de recordar o passado, viver o presente e sonhar com o futuro. Tudo isto serviu para a minha realização pessoal e veio contribuir para que no futuro tenha mais oportunidades a nível profissional. Para que tudo isto fosse possível tive o acompanhamento da equipa de formadores que me apoiaram e acreditaram que mesmo não tendo ido à escola ao longo da minha vida, fui adquirindo muitas competências, a quem desde já agradeço por tudo. Muito Obrigado a todos!"


Sandra Frazão

"Boa Noite, chamo-me Jorge Santos, tenho 41 anos, sou casado e pai de dois filhos, moro na freguesia da Caranguejeira e desde os 13 anos que trabalho na Indústria da Construção. Antes de mais quero felicitar todas as pessoas aqui presentes, nomeadamente todos aqueles que como eu tiveram a coragem de ao fim de tantos anos, regressar à escola. Tal como hoje, também à 30 anos se viviam tempos difíceis, muitas famílias, incluindo a minha não tinham meios financeiros que permitissem manter os filhos a estudar por muito tempo, por esse motivo, terminado o 6ºano, fui obrigado a abandonar a escola e trabalhar nas obras como servente de pedreiro, como eu, foram milhares de homens e mulheres a quem as asas foram cortadas mas não foi por isso que a nossa aprendizagem terminou, antes pelo contrário pois muitos de nós obtiveram conhecimentos através das mais variadas formas e a prova disso são os excelentes profissionais que hoje existem nas mais diversas áreas. O que me levou a entrar nesta aventura foi em primeiro lugar, nunca ter digerido bem o facto de ter abandonado precocemente a escola e também senti que iria necessitar de mais qualificações para evoluir profissionalmente. Quanto ao processo RVCC foram mais de dois anos sem descanso, de intensa luta, trabalho e dedicação, primeiro para o 9ºano depois com o Secundário. Não é fácil conciliar o trabalho e família com os trabalhos exigidos e todas as formações necessárias mas como nunca deixei nada pelo meio nunca pensei em desistir. Durante o processo tive não só a ajuda preciosa de todos os formadores que me acompanharam, mas também da família, amigos e companheiros de trabalho que sempre me apoiaram. Também ouvi opiniões negativas que dizem que estes processos pecavam pelo facilitismo e que não é justo obter um certificado em oito meses quase sem estudar, enquanto que no ensino normal se tem de "marrar" três anos, discordo em absoluto, pois quem quiser terminar este processo tem de demonstrar muitos conhecimentos e competências adquiridas ao longo da vida, por serem conhecimentos muitas vezes diferentes do ensino normal, não quer dizer que seja menos importantes mas infelizmente parece haver pessoas que não compreendem isso. Omitindo as dificuldades, gostei bastante de ter participado neste processo e hoje sinto-me mais culto, mais realizado, mais apto a enfrentar as dificuldades e a contribuir para o desenvolvimento do meu país. Como diz a sabedoria popular "o saber não ocupa lugar" por isso vou continuar a viagem e incentivar aqueles que estão hesitantes, a entrar rapidamente numa das carruagens deste comboio. Antes de terminar quero agradecer a todas as pessoas que me ajudaram, nomeadamente a todos os formadores e formadoras que me acompanharam neste dois processos RVCC."

Jorge Santos

"Boa Noite. Chamo-me Clara Maria Rodrigues Marques, sou cozinheira e moro nos Canais, sou casada com o Jorge e tenho dois filhos. À três anos atrás o meu colega de trabalho iniciou o processo de RVCC para obter o 9º ano e incentivou-me para também me inscrever, mas voltar à escola não estava nos meus planos, até porque nunca gostei muito de estudar. Passado algum tempo o meu marido chega a casa a dizer que se ia inscrever e eu aproveitei e fui com ele. Durante o processo fui informada do RVCC Profissional na área da cozinha onde me inscrevi e iniciei quando terminei o 9ºano, com este certificado fiz o pedido para obter a carteira profissional de cozinha nível II, antes de terminar fui também chamada para iniciar o 12º ano que terminei no passado mês de Novembro. Estou feliz por terminar esta caminhada. Passei por algumas dificuldades pois já tinha abandonado a escola à muito tempo, dificil foi também conciliar os estudos, o trabalho e a vida de casa, mas com força de vontade tudo se fez. Agora com o secundário e a carteira profissional de cozinheira penso ter mais oportunidades de emprego, posso também frequentar algumas formações que antes não podia. Antes de terminar gostaria de agradecer o apoio de todos os formadores e técnicos envolvidos nestes processos que foram espectaculares para mim. "

Clara Marques

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Jantar de Natal da família INSIGNARE 2010



21 de Dezembro foi o dia escolhido para o Jantar de Natal da família INSIGNARE. Os preparativos começaram cedo nas instalações da Escola Profissional de Ourém. Alunos dos cursos de Cozinha/Pastelaria, deitaram mãos à obra para proporcionar a todos os que iriam chegar à noite, um jantar repleto de iguarias saborosas.
A equipa de Restaurante/Bar estava também em campo, enfeitan
do as travessas e polvilhando a mesa principal com os doces de fazer crescer água que os convidados iam trazendo, em sinal de partilha, própria da época e das festas da casa. E porque partilhar é bom, deram-se abraços, abriram-se sorrisos, brindou-se à saúde dos presentes e dos que, por motivos vários, não puderam estar nessa noite. Estiveram presentes colaboradores das diferentes áreas funcionais ligadas à INSIGNARE, desde Escola Profissional de Ourém e Escola de Hotelaria de Fátima; colaboradores do Centro de Formação Contínua e Centro de Novas oportunidades; familiares e amigos num momento sempre importante do ano. Não faltaram as “Christmas carols”, brincadeiras para os mais novos e muita animação proporcionada pelas alunas do Curso Animador Sociocultural, bem como Karaoke para os mais corajosos. No fim, uma lembrança…Modesta mas com um pouco de tudo: um cabaz onde não faltou chocolate para adoçar o Natal e passas para os desejos de Fim de Ano. Fazem falta momentos assim, momentos de partilha, de pequenos gestos, onde o sorriso sai espontâneo e a melhor prenda que se pode receber é mesmo um olhar sincero de agradecimento e um abraço de apreço e amizade. Obrigado a Todos. Um Santo e Feliz Natal!
"NATAL... Natal...
Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,

'Stou só e sonho saudade.
E como é b
ranca de graça
A paisagem que não sei,

Vista de trás da
vidraça
Do lar que nunca terei!"
Fernando Pe
ssoa

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Escola Profissional de Ourém promove OFICINA de INFORMÁTICA

A Escola Profissional de Ourém tem como missão dotar profissionais capazes de se integrarem num mercado cada vez mais exigente. Por considerar que o exercício prático da profissão não deve ser apenas um complemento da pós-formação dos seus alunos e sim um elemento constituinte dessa mesma formação, lança agora a OFICINA de INFORMÁTICA.
A OFICINA de INFORMÁTICA é um espaço criado para todos os cidadãos, dentro das instalações da EPO, em Ourém onde, todas as quartas-feiras, das 14h00 às 17h00, os nossos alunos de Informática estarão ao vosso dispor para a prestação de serviços que são grátis. Na OFICINA de INFORMÁTICA poderá encontrar serviços abrangentes: Diagnósticos; Recuperação de dados (Pens ou Discos Rígidos); Instalação/Actualização do Antivírus; Limpeza de Vírus; Instalação e configuração de acesso à internet; Restauração do sistema sem perder dados e ainda a criação de sites funcionais, simples e inteligentes.
Esta iniciativa, organizada pelo Curso Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, tem como objectivo a aproximação da comunidade à escola e o desenvolvimento profissional e cívico dos nossos alunos.

Por Portugal


Pelas redes sociais vou descortinando breves comentários sobre aquilo que outros países, caídos em semelhante desgraça económica, vão equacionando fazer para se livrarem de uma eminente falência e das nefastas consequências que se lhe seguirão. Admito prestar pouca atenção aos doutos comentários das nossas permanentes figuras televisivas que normalmente acertam sempre porque para eles “prognósticos só no final do jogo”, vomitando uma inesgotável verborreia, sobre tudo e sobre todos, típica daqueles que apenas falam sem nunca nada terem feito. Admito ler de menos, o que lamento, mas que me vai assegurando uma sanidade mental mínima e uma opinião própria, que cultivo e estimo. Gosto de idealizar, inovar, projectar, construir, consolidar, em suma, trabalhar. E talvez por isso gosto cada vez mais daqueles que fazem o mesmo, ou talvez mais ainda, não tendo qualquer disponibilidade para a maledicência, a inveja, a hipocrisia e a mentira. Não gosto dos que têm medo de ter opinião e se escondem na ambivalência das palavras e no comodismo da nossa alternância partidária. Gosto de gente corajosa e de atitude positiva, que não passa a vida a lamentar-se daquilo que alguém devia ter feito por ela ou a procurar para o sucesso dos outros as maquiavélicas justificações e caladas acusações. Gosto de gente simples e solidária. E gosto tanto, que acredito lhes estará reservada a missão de levantar das cinzas os restos deste nosso pequeno País, varrendo definitivamente uma classe política oportunista e gasta, consumida nas suas próprias incoerências e apenas mantida pela ignorante preguiça deste Povo.
Outros países vão equacionando corajosas medidas para reduzir os seus níveis de despesa, abrindo ao debate público medidas que por cá todos dizem concordar mas ninguém tem coragem política de publicamente abordar, quanto mais implementar. Reduzir o número concelhos, procurando coerência territorial, melhores serviços e menos gastos. Adequar o seu número de trabalhadores às reais e urgentes necessidades das populações. Fechar instituições públicas de duvidoso interesse colectivo e fundir outras que pela similitude da sua actividade assim o permitam. Acabar com os Governos Civis. Aligeirar a pesada máquina político-administrativa instalada em Lisboa, reduzindo o número de ministérios, secretarias de estado, institutos e tudo aquilo que daí deriva e aí encontra a sua sustentação, lá ou discretamente espalhado por todo o País.
Não temer atitudes de exigência e esforçado rigor. Ensinar aos nossos jovens a superior honra que é o trabalho, libertando-os do facilitismo para onde os conduzimos nesta metafórica epopeia de acreditarmos ser mais ricos do que aquilo que realmente somos (o Relatório Pisa, da OCDE, comprova que os nossos jovens com 15 anos são hoje melhores, tendo evoluído no domínio dos conceitos elementares de ler, escrever e contar). Distinguir socialmente o voluntariado e promover a inovação e a iniciativa. Recolocar o País e o seu Povo no difícil caminho da realidade, e acreditando, iniciar a reconstrução de um novo paradigma social, dignificando o nosso Passado e projectando o nosso Futuro.
Tudo isto, apenas isto, por Portugal.

Francisco Vieira
Director Executivo da Insignare
In Jornal de Leiria 09 de Dezembro de 2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

EP'AVENTURA... Uma primeira experiência

No dia 1 de Dezembro, o Clube EP’AVENTURA da INSIGNARE organizou um percurso pedestre pelo Planalto de Santo António, em plena Serra d’Aire. Percorreram-se cerca de 20 km em 4 horas e meia, cumprindo dois percursos: o da Fórnea e o do Castelejo.

A hora prevista para o encontro eram as 9:00h, mas as preocupações começaram algumas horas antes com a chuva intensa que se fazia sentir… Como seria fazer uma caminhada sob aquela chuva?? Todos os participantes se interrogaram. Todos, ao ouvir a chuva cair aconchegados nas suas camas, preferiam que o programa fosse cancelado… mas nenhum deu parte fraca, e à hora prevista todos compareceram para uma primeira aventura do Clube.

Apesar da noite marcada pela chuva torrencial, o dia amanheceu bonito. O sol brilhava e a temperatura, ainda que de Inverno, não estava tão severa como esperado.

A caminhada iniciou no Centro de Actividades ao Ar Livre em Alvados… mesmo no sopé da Serra, por um caminho de terra batida, circundado por terrenos onde Oliveiras carregadinhas de azeitonas esperavam que a mão do Homem as aliviasse de tamanho peso.

Aos poucos a inclinação foi aumentando, o caminho de terra foi desaparecendo, e os sapatos foram-se enterrando em terrenos onde a terra, molhada pelas chuvas recentes, se afundava sob os pés.

A primeira paragem teve como cenário uma queda de água em pleno vale da Fórnea. Uma paisagem magnífica que se fez anunciar pelo som incomparável e relaxante de água a cair que se começou a ouvir muito antes de se ver.

Após esta pausa, aproveitada para muitas fotografias, a caminhada complicou-se… e o grau de dificuldade aumentou substancialmente. O ritmo das passadas ia elevado. O pelotão da frente seguia distanciado dos que encerravam o grupo. Mas a subida íngreme que se aproximou e que marcou a etapa mais difícil de todo o percurso colocou um travão nas passadas apressadas. Quase a pique, do sopé ao cimo da serra, por um caminho improvisado de pedra solta, que resvalava por baixo dos pés ameaçando pequenas avalanches, o ritmo foi diminuindo, alternando poucas e vagarosas passadas com muitos períodos de descanso. Mas à medida que o corpo (sobretudo as pernas) ia perdendo a sua vitalidade, esta ia sendo compensada pela paisagem fantástica que surgia com a altitude.

Barretes, luvas, cachecóis, casacos e várias camadas de roupa protegiam o corpo. Todos vinham preparados para mais um dia rigoroso de frio… Mas o esforço necessário para esta etapa inicial obrigou a tirar os excessos de roupa. Os barretes, as luvas e os cachecóis foram os primeiros sacrificados. Seguiram-se algumas camisolas e casacos. Houve até quem continuasse caminho com uma leve T-shirt ou mesmo em manga curta.

Após a dura prova inicial, o passo voltou ao seu ritmo acelerado. Por montes e serrados… por terrenos pintados de verde e caminhos de pedra… sozinhos ou ladeados por cavalos, vacas, ovelhas e cabras… a conversa animava cada passo que se dava e as paisagens enchiam os olhos e estimulavam o espírito.

Nos últimos 20 minutos, com a fome a aumentar e a chuva, finalmente, a cair, o passo apressou-se ainda mais, apesar das pernas já muito cansadas e do corpo sobejamente castigado.

No final do percurso esperava-nos um quente e reconfortante almoço. Uma sopa de legumes a fumegar, bacalhau assado com batata a murro e migas, pudim ou arroz doce, e um café para aconchegar… Não sem antes, o grupo de aventureiros esfomeado ter esgotado, num ápice, todas as entradas colocadas em cima da mesa: croquetes, pastéis de bacalhau, queijo seco, azeitonas e pão.

O dia encerrou ao som do acordeão. E ainda houve quem tivesse disposição para uns passitos de dança… o mesmo que por ser demasiado apressado se distanciou tanto do grupo que se perdeu e correu o risco de ficar sem almoço. Valeram-lhe os prestáveis donos do restaurante “Flor da Serra” que, incansáveis, calcorrearam os caminhos mais próximos em busca do membro perdido… convencidos que de um aluno mais estouvado se tratava. Mas o quanto estavam enganados, porque o elemento perdido, com uma idade que ronda os 30 anos, há muito que deixou para trás as desventuras da adolescência, e hoje é um membro respeitadíssimo da família INSIGNARE… uma doce pessoa.

Campanha "Hoje é Natal"


Natal...Uma palavra mágica para muitos, carregada de significado e simbolismo, um dia igual para tantos outros, marcado pela carência de bens e afectos. Mas o Natal para nós não se restringe a uma época do ano.


A insignare irá dinamizar uma campanha denominada "Hoje é Natal" ao longo de todo o ano lectivo 2010/2011, com o objectivo de angariar produtos alimentares não perecíveis, roupa e brinquedos, a serem entregues regularmente a 18 famílias carenciadas do Concelho de Ourém.

Neste sentido convidamos todos os que fazem parte da família insignare a juntarem-se a esta campanha e, desta forma, contribuírem para levar um pouco de alegria à vida daqueles que nada têm.

Todos nós, família, amigos e conhecidos juntemos esforços no sentido de tornar o Natal uma comemoração diária…Porque TODOS temos esta responsabilidade social.

Como escreveu Ary dos Santos, “o Natal é quando um homem quiser”


"Tu que dormes a noite na calçada de relento

Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento

Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento

És meu irmão amigo

És meu irmão


E tu que dormes só no pesadelo do ciúme

Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume

E sofres o Natal da solidão sem um queixume

És meu irmão amigo

És meu irmão


Natal é em Dezembro

Mas em Maio pode ser

Natal é em Setembro

É quando um homem quiser

Natal é quando nasce uma vida a amanhecer

Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher


Tu que inventas ternura e brinquedos para dar

Tu que inventas bonecas e comboios de luar

E mentes ao teu filho por não os poderes comprar

És meu irmão amigo

És meu irmão


E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei

Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei

Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei

És meu irmão amigo

És meu irmão


Natal é em Dezembro

Mas em Maio pode ser

Natal é em Setembro

É quando um homem quiser

Natal é quando nasce uma vida a amanhecer

Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher"

Ary dos Santos

Sandra Monteiro e Ana Vieira (responsáveis pela campanha)



Campanha "Hoje é Natal" Informação