terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ecoturismo: uma prática com futuro


Atualmente é essencial estarmos a par dos mais recentes desenvolvimentos associados, não só à nossa área de formação base, mas também à nossa atividade profissional. Neste âmbito participei, conjuntamente com entidades nacionais e internacionais, no passado dia 25, na conferência “Gestão e Conservação de Ecossistemas Aquáticos”, realizada em Torres Novas.

A sessão de abertura foi presidida por Jorge Rodrigues (ADIRN), Rui Borralho (Naturlink), João Farinha (INCN) e Pedro Ferreira (Câmara Municipal de Torres Novas). Salientou-se a importância da formação profissional no desenvolvimento local e a urgência da participação em programas internacionais, criando parcerias com as mais diversas entidades, a fim de fomentar esse mesmo desenvolvimento.

O programa incluiu diversas apresentações, seguindo-se discussão sobre os temas apresentados:

- Gestão e Conservação de Ecossistemas Aquáticos no Amando e no Alvão

- O Plano de Ordenamento da Reserva Natural do Paul do Boquilobo e sua importância para a gestão da área protegida

- Estratégia de gestão e conservação da maior lagoa natural da península ibérica: desafios e oportunidades

- Restauração e reabilitação de linhas de água – o espaço da engenharia natural

- Ecological Restoration of migratory fish in South West England

- Peixes migradores em Portugal: crónica de um fim anunciado

- Reprodução em cativeiro como ferramenta para a preservação de espécies criticamente ameaçadas de peixes de água doce

- Boas e más notícias: gestão das lagoas temporárias de Longueira-Almograve para a conservação do cágado de carapaça estriada versus o colapso da comunidade de anfíbios do Paul do Boquilobo

- Reintrodução da águia pesqueira em Portugal

- Utilização sustentável das zonas húmidas através do Ecoturismo

Esta ultima apresentação foi particularmente interessante: acompanhando o crescimento do Turismo nos últimos anos em Portugal, o setor do ecoturismo tem apresentado uma taxa de crescimento superior a qualquer outro. Este facto justifica-se pelos seus valores ambientais, estéticos, culturais, recreativos, espirituais e, obviamente, económicos. As suas atividades focam-se não apenas no lazer mas especialmente na aprendizagem, sendo procurado por empresas, grupos escolares, grupos de amigos e famílias. Há uma grande preocupação no enaltecimento dos produtos locais, criando oportunidades de emprego, envolvendo diferentes setores económicos uma vez que permite a parceria de múltiplos stakeholders (privado, publico, ONGs, ADL, …). O Aumento da qualidade da oferta ecoturística promove o aumento de turistas, da criação de negócios e emprego os quais, por sua vez fomentam a qualidade de vida. Os valores naturais são valorizados, o que permite uma melhor gestão dos recursos, com consequente aumento do empreendorismo…como é evidente tudo isto traz benefícios económicos locais.

O ecoturismo conjuga os benefícios económicos com a conservação da natureza, e cria uma sensação de orgulho nas comunidades que acabam por participar ativamente na sensibilização e educação ambiental

Margarida Borralho, Formadora de Sociedade, Tecnologia e Ciência

Sem comentários:

Enviar um comentário