sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Aprendizagem ao Longo da Vida


A aprendizagem ao longo da vida é assim cada vez mais importante na Europa. Os adultos que permanecem activos por mais tempo necessitam de formação ou reconversão para se manterem produtivos.

De acordo com o relatório de 2010 “Education at a Glance”, a organização afirma que no conjunto dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) a procura de uma melhor educação apresentou “pequenos sinais de abrandamento”. Em quase todos os países, as pessoas com idades entre os 24 e os 34 anos têm qualificações superiores às que estão prestes a deixar o mercado de trabalho (55-64 anos). No topo deste crescimento estão o Japão e a Coreia, com 60 por cento da população já Portugal ocupa o oitavo lugar a contar do fim da tabela, não chegando aos trinta por cento.

Em 25 dos 30 países da OCDE, menos de um terço dos adultos fez apenas a primária ou o 2º ciclo, 44 por cento fez o secundário e 28 por cento obteve qualificação superior. No México, em Portugal, na Turquia e no Brasil, dois terços da população entre os 25 e os 64 anos não completaram o ensino secundário. Porém, a mudança foi mais notória na Bélgica, no Chile, na Grécia, na Irlanda, em Itália, em Portugal e em Espanha.

Lê-se no relatório em que constam a Alemanha e os Estados Unidos que “nos países em que a população adulta tem um nível mais elevado de educação, as diferenças entre grupos etários são menos pronunciadas.”

Estimavas de 2008 apontam para a entrada de 70 por cento ou mais jovens adultos em programas de formação ao longo da vida em países como, Coreia, na Nova Zelândia, na Noruega, na Polónia, na Eslováquia e em Portugal.

Em suma, em alguns países a formação secundária pode acontecer numa idade mais tardia, devido a tempo aplicado no trabalho. Portugal é dos países da OCDE onde mais cresceu o número de pessoas com o ensino secundário nos últimos anos, embora em 2008, continuasse a figurar no grupo dos indicadores de formação da população mais baixos. Neste sentido as políticas da OCDE materializados neste âmbito no programa novas oportunidades parece ser um bom caminho não só de Portugal neste ranking mas também para melhor as qualificações, projecto e qualidade de vida das pessoas.

Sílvia Gonçalves

Profissional RVC

1 comentário:

  1. Portugal é um dos países com menos pessoas com o secundário completo. Ainda bem que existe quem se dedique a mudar estas estatísticas, muitas vezes remando contra a maré da crise, do desemprego e dos aumentos de impostos...

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