quarta-feira, 20 de abril de 2011

Improving Life Skills Through Informal Adult Education



Fazer parte da União Europeia não é só abrir fronteiras e mercados, enquanto os políticos se encontram em Bruxelas para decidir o futuro de todos os países desta mesma Europa. Uma verdadeira União constroi-se com o encontro entre os cidadãos comuns, trocando experiências, know-how e boas práticas.
Tive o privilégio de participar numa formação denominada Improving Life Skills Through Informal Adult Education, em Limassol, no Chipre. Como o próprio nome indica, o tema foi a educação de adultos e formas de desenvolver competências de vida em contexto informal, com especial destaque para a aprendizagem ativa e para as dinâmicas de grupo.
Os formadores de adultos de diversos países da Europa (Portugal, Roménia, Lituânia, Eslovénia) tomaram então o papel de formandos e as atividades foram sendo desenvolvidas durante a semana, aumentando cada dia a sua complexidade e profundidade.
Nos primeiros dias as atividades centraram-se no ice-breaking e team building, de forma a criar laços entre os formandos que permitissem um maior aprofundamento das reflexões nos dias seguintes. Seguiram-se o auto-conhecimento e a auto-estima, ferramentas fundamentais para qualquer aprendente, de forma a tomar conciência das suas forças e fraquezas e construir o seu percurso formativo sobre uma base sólida.
A comunicação e a resolução de problemas foram os temas seguintes, cujo objetivo era, em grupo, comunicar de forma eficaz as ideias e resolver problemas comuns apresentados pelas formadoras. Construir uma estrutura apenas com jornais sem falar ou encontrar uma solução unânime para dilemas morais foram algumas dessas atividades.
Posteriormente foram feitos exercícios práticos de integração, sempre um problema em grupos de formação, sejam eles adultos, adolescentes ou crianças. A integração no grupo é um ponto fulcral para uma experiência formativa completa, baseada não só na receção de conteúdos formador/formando, mas também na troca de experiências entre os formandos.



Esta última foi o foco de um dos dias de formação, em que foram apresentadas por todos os formandos e formadoras as práticas na educação de adultos nos países representados neste curso. Sendo Portugal o país mais representado, e a iniciativa Novas Oportunidades em particular, foi com muito interesse que os representantes de outros países seguiram o esforço que se faz em Portugal para recuperar um défice de qualificação que nos empurra para a cauda da Europa neste campo.
Posso concluir que foi uma semana de aprendizagem intensa, tanto a nível formativo como pessoal, e que aconselho a quem tiver oportunidade, pois a abertura a novas formas de trabalhar e de aprender é uma das mais valias que a Europa nos pode oferecer.

Ricardo Vieira
Formador RVC

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