terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Participação da Insignare em Projeto Europeu Inclusive






O projeto INCLUSIVE - Involving New Communities of Learners Using Socially Inclusive Virtual Environments, apoiado pelo Programa Aprendizagem ao Longo da Vida, do qual fazem parte oito parceiros: Alemanha, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Portugal, Reino Unido e República Checa, tem como objectivo envolver o uso das redes sociais virtuais na aprendizagem e formação de adultos. Pretende ainda responder às necessidades de ensino e de aprendizagem dos intervenientes em todas as formas de educação de adultos, quer esta seja formal, não formal ou informal, indo também ao encontro daquilo que necessitam as organizações que promovem essa educação, realizando diversos tipos de actividades de cooperação a nível europeu.
Inclui diversas mobilidades que têm a finalidade de partilhar experiências e boas práticas. Em cada mobilidade os parceiros têm uma agenda a cumprir e tarefas a realizar antes, durante e após. Na primeira mobilidade, que se realizou na Lituânia, foi delineado o plano de trabalho para o próximo encontro dos parceiros. Previamente ao encontro, a equipa da Insignare responsável pelo projeto reuniu diversas vezes a fim de organizar todo o trabalho que estava previsto apresentar. Um dos pontos da agenda consistia em levar um logótipo para ser selecionado entre os oito parceiros, tornando-se a imagem deste projeto. Assim, a equipa começou por definir uma estratégia para escolher o logótipo português: elaborar e aplicar um questionário aos adultos do CNO, para reunir elementos, tais como: símbolos, cores e palavras associados a ensino, formação, distância e internet. Lançou-se o convite a alguns adultos do CNO e alunos da EPO para participar e apresentar uma proposta. Para tal, apenas lhes foram dadas algumas informações para estes terem uma base de trabalho. Estabelecido um prazo de entrega, a equipa escolheu, com base nos resultados dos questionários, os logótipos que apresentou aos restantes parceiros.
Simultaneamente e em parceria com a Alemanha, a equipa tratou da elaboração dos questionários para os adultos e para as empresas. Estes, depois de aplicados, pretendem aferir a opinião dos seus destinatários acerca da aprendizagem e formação através de elearning.
Para finalizar a preparação da mobilidade, a equipa analisou uma matriz portuguesa para a criação de cursos elearning, assim como partilhou ideias e opiniões.
Na mobilidade que decorreu na semana passada, na Letónia, a organização ALADIN e Baltic Bright acolheu os participantes da segunda mobilidade, entre os quais a Insignare. Feito o balanço do plano de trabalho e revistas as próximas mobilidades, iniciou-se a apresentação dos logótipos dos oito parceiros e procedeu-se à votação. É de realçar que, com grande orgulho, o logótipo apresentado pela Insignare foi o preferido pela maioria.
Como já foi referido, Portugal e a Alemanha apresentaram uma proposta para os questionários, que foi debatida entre todos, tendo-se concluído a elaboração dos mesmos. Estipulou-se também a forma como serão aplicados por todos e como serão tratados os seus resultados, de forma a serem comparáveis. Sendo estes necessários para a criação de uma matriz comum para cursos elearning, foi feito um debate com vista a esclarecer algumas questões concetuais acerca da mesma.
Como estas mobilidades assentam ainda na troca de experiências e boas práticas, a organização anfitriã partilhou o seu trabalho na área da formação de adultos com a utilização do elearning, onde focou também as dificuldades sentidas pelos seus formandos, assim como pela parte da Baltic Bright.
Concluindo a ordem de trabalhos prevista para esta mobilidade, foram delineadas e distribuídas tarefas para o terceiro encontro, a realizar no País de Gales, no mês de Abril. Prevê-se a criação efetiva de uma matriz comum para criação de cursos elearning e workshops sobre o uso das tecnologias ao serviço da aprendizagem.



Foi uma semana bastante enriquecedora e de muito trabalho, mas trazemos na bagagem a sensação de missão cumprida nesta segunda mobilidade.



Sónia Pereira e Marília Matias,



membros da equipa INCLUSIVE

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Insignare com logótipo em projeto europeu Grundtvig

O projeto Grundtvig, apoiado pelo Programa Aprendizagem ao Longo da vida, do qual fazem parte oito parceiros: Portugal, Letónia, Lituânia, Polónia, Reino Unido, República Checa, Alemanha e Hungria, tem como objectivo a utilização de e-learning na educação de adultos. Este inclui diversas mobilidades que têm a finalidade de partilhar experiências e boas práticas. Em cada mobilidade os parceiros têm uma agenda a cumprir e tarefas a realizar.
Na Letónia, onde está a decorrer a segunda mobilidade, os parceiros tinham, como um dos pontos de trabalho para o primeiro dia, a apresentação das suas propostas para o logótipo oficial do projecto Inclusive. Os oito países parceiros abriram concurso nas suas organizações, para selecionar alguns logótipos para serem votados e eleger o melhor de entre todos.
Neste desafio, a equipa portuguesa deste projecto, delineou uma estratégia:

1º - elaborar e aplicar um questionário aos adultos do CNO, para reunir elementos, tais como: símbolos, cores e palavras associados a ensino, formação, distância e internet;

2º - reunir a equipa responsável por este projeto para escolher uma palavra para usar no logótipo;

3º - convidar alguns adultos do CNO e alunos da EPO a participar e apresentar uma proposta de logótipo. Para tal, apenas lhes foram dadas algumas pistas;

4º - escolher os logótipos que correspondessem aos dados obtidos através dos questionários.

Chegado o momento da apresentação portuguesa aos restantes parceiros, a ansiedade era muita e a vontade de ganhar também. Mas tínhamos bons argumentos e um logótipo fantástico, criado de raiz pelo aluno Flávio Abreu Pereira, do primeiro ano de GEI. A defesa do nosso logótipo deixou os parceiros estupefactos, poderemos até dizer, de boca aberta:


- na letra “I” podemos percecionar uma pessoa com o coração, “I” em inglês significa eu;

- dentro do coração, que simboliza a vida, está o símbolo @, que mostra o gosto por aprender, assim como as novas tecnologias. Nos dias de hoje a tecnologia é vital para a aprendizagem;

- na letra “N” visualizamos um livro aberto, também fonte de aprendizagem e semelhante ao símbolo do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida;

- a cor vermelha é comum nas bandeiras dos oito parceiros;

- a palavra “Learning” justifica-se pelo seu significado – aprendizagem, e, se a dividirmos, obtemos “learn”= aprender e “Ning” = rede social usada neste projeto.

Com tão bons argumentos, na hora da votação, Portugal foi a palavra mais ouvida por todos os que votaram. A partir de agora este logótipo será a imagem do projeto Inclusive.

Para oficializar o momento, foi assinado por todos os parceiros um certificado que será entregue ao aluno Flávio Pereira, como reconhecimento do seu bom trabalho. Um obrigada de toda a equipa Inclusive.

Sónia Pereira e Marília Matias
membros da equipa do projeto

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sobre a transferência da Jerónimo Martins para a Holanda

Declaração prévia de interesses:
a)
Tenho "telhados de vidro" (nem sempre peço fatura de tudo o que compro, por exemplo) quanto a fugir de pagar impostos;
b) Apenas respondo perante a minha consciência e esta, apesar de uma sólida educação familiar e católica (... a César o que é de César, disse o sábio dos sábios), nos últimos tempos tem vindo a caminhar no sentido de um maior neoliberalismo.
Feita esta declaração de interesses, os meus comentários são de apoio quando considero que o devo fazer, são de crítica idem.

Pessoalmente não partilho da inveja e maledicência anticapitalista nacional, desportos muito em alta sobre esta temática. Na mesma linha de raciocínio, é-me absolutamente insofismável o caráter empreendedor de Alexandre Soares dos Santos e da sua família, quer na Polónia, na Colômbia ou em Portugal, associado à objetiva Responsabilidade Social (até por ser um grande empregador, promotor e comprador de produtos nacionais). Económica e legalmente a decisão é inatacável - se há um país onde a atratividade fiscal é melhor, é obrigação de um gestor transferir a sua empresa para lá: assim o determinam os seus acionistas!
Também não me admiro que que o faça, pois várias empresas já o fizeram: quase todas as principais cotadas na Bolsa de Lisboa têm lá a sede ou uma filial, para beneficiar dos mesmos benefícios fiscais - s
e a memória não me falha, o Grupo SONAE tem várias empresas sedeadas na Holanda; a SOMAGUE foi vendida aos espanhóis da Sacyr Vallehermoso dias após o seu CEO, Diogo Vaz Guedes, ter feito um bonito discurso no Compromisso Portugal; Américo Amorim trocou o seu banco BIC por uma participação no Banco Popular - estes são alguns exemplos da memória recente.
Porquanto ser-me claro três aspetos:
1) A decisão é economicamente inatacável;
2) O nosso país, há já muito tempo
, não tem uma política competitiva de captação e manutenção de Investimento Direto Estrangeiro, pelo menos no espaço europeu;
3) Não é de admirar que a dimensão fiscal seja um dos pouquíssimos pontos onde os Estados não acordaram em transferir grande parte da sua soberania para a União Europeia, pois existem vários (Irlanda, Holanda e Luxemburgo à cabeça) que possuem sistemas fiscais onde a atratividade empresarial é muito grande, beneficiando de deslocalizações empresariais dos seus parceiros europeus.
Recentrando na decisão da Jerónimo Martins, na minha opinião a questão assenta em três pontos:
a) Eticamente, e de agora em diante, os gestores de topo do grupo do grupo deveriam abster-se de emitir qualquer opinião sobre a condução económica do país, uma vez que contribuíram, no seu quinhão, para o seu agravar;
b) Socialmente, o exemplo de "fuga aos impostos" é claro, contribuindo para a imagem, formulada pelo cidadão comum, que neste país os ricos são sempre poupados (lembrei-me da máxima do PREC "os ricos que paguem a crise", e sabemos onde isso nos levou...);
c) Fiscalmente, o seu exemplo e o de todas as empresas que deslocalizaram a sua sede para a Holanda e outros países fiscais, leva a um acréscimo permanente da carga fiscal sobre os "tansos fiscais", como dizia Leonardo Ferraz de Carvalho, isto é, aqueles que não conseguem replicar este exemplo vindo de cima.
Duvido, em conclusão, que este tema ainda esteja em cima da mesa daqui a algumas semanas, quando a indignação mediática passar e a espuma dos dias se dissipar...